Jornalistas se unem contra a Globo após ‘pandemia’ de demissões; terror do RH vai até maio

Após a recente pandemia de demissão de dezenas de jornalistas em várias cidades do Brasil, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Belo Horizonte, os sindicatos que representam a categoria estão se mobilizando para protestar contra a medida adotada pela Globo.

A emissora que antes posava de poderosa agora justifica as demissões como parte de um processo de transformação em curso na companhia, mas os profissionais afetados não concordam com essa justificativa.

Em comunicado divulgado na quinta-feira (6), um sindicato informou que enviou um ofício à Globo solicitando uma reunião urgente para discutir a questão das demissões em massa, que são conhecidas no jargão jornalístico como “passaralho”.

Sindicato quer Reverter situação

Os sindicatos estão planejando agir em conjunto para reverter parte das demissões e também para pressionar a Globo a abrir um canal direto de comunicação com os profissionais afetados. Na terça-feira (4), jornalistas do Rio de Janeiro classificaram as demissões como um “dia de terror” e afirmaram que iriam denunciar a empresa ao Ministério Público do Trabalho.

“O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro repudia as demissões e vai protocolar denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho contra a arbitrariedade e o inaceitável assédio moral no momento mais decisivo da campanha salarial, quando é apreciada a proposta patronal para a renovação da Convenção Coletiva e os trabalhadores buscam reduzir perdas econômicas e assegurar melhores condições de trabalho.”, afirmou em nota o sindicato dos Jornalistas que em sua maioria é composta por militantes fantasiados de profissionais.

As demissões em massa na Globo estão causando agitação e tensão entre os sindicatos dos jornalistas. Thiago Tanji, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, afirma que é necessário ir além das simples notas de repúdio. Ele revela que estão se organizando com a categoria para resistir coletivamente às demissões e garantir dignidade a todos os profissionais da Globo. O que será que esse movimento planeja para enfrentar a poderosa emissora de TV? Será que serão bem-sucedidos em sua luta contra a empresa? O futuro desses profissionais está envolto em mistério e incerteza. E um fato maior temos absoluta certeza, a vida após o L não vem sendo fácil e é só o começo do poço.

Os que saíram e ainda não acabou

A situação na Globo parece estar piorando a cada dia. As demissões de jornalistas e radialistas começaram na terça-feira (4) e continuaram na quarta-feira (5), mas os funcionários já estão sabendo que a “limpa” só termina em maio.

A empresa parece estar concentrando seus cortes em profissionais veteranos e com altos salários, incluindo diretores, chefes, editores e produtores experientes.

Em comunicado para falar sobre os cortes que aconteceram no Jornalismo, a Globo admitiu que precisa demitir para manter sua performance financeira perto do que considera ideal. A emissora deixou claro que fará isso quando for preciso para seguir com as contas nos trilhos.

Em nota para o UOL a emissora respondeu:

A Globo, assim como as demais empresas de referência do mercado, tem um compromisso permanente com a busca de eficiência e evolução, mas lamenta quando se despede de profissionais que ajudaram a escrever e a contar a sua história. Isso no entanto, faz parte da dinâmica de qualquer empresa.

“Os resultados da Globo refletem a boa performance do conjunto das suas operações e uma constante avaliação do cenário econômico do país e dos negócios. Como parte do processo de transformação pela qual vem passando nos últimos anos e alinhada à sua estratégia, a empresa mantém a disciplina de custos e investimentos em iniciativas importantes de crescimento.”.

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