Portugal tem mais de 60 mil vagas de emprego que ninguém quer
De acordo com o Jornal de Notícias, o número de empregos vagos registados no Ministério do Trabalho tem aumentado nos últimos tempos. No final de setembro do ano passado, havia 61.626 ofertas de trabalho que não geraram interesse junto dos desempregados, um aumento de 43,9% em relação ao período homólogo.
A maioria dessas vagas concentra-se na Área Metropolitana de Lisboa (27.377), seguida pelo Norte (18.117) e pelo Centro (9.844), sendo que a região da capital é a que apresenta a maior taxa de empregos vagos (3%).
Os grupos profissionais mais procurados pelos empregadores variam de acordo com a região. Em Lisboa, Algarve e Alentejo, o grupo mais procurado é o dos “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores”. No Norte, Centro e nas ilhas da Madeira e Açores, procuram-se mais “trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices”.
O jornal destaca que, no caso da construção, tem sido necessário recorrer à mão de obra de outros países para solucionar a falta de trabalhadores disponíveis. Além disso, os dados apresentados revelam que existe mais dificuldade em preencher as vagas em empresas maiores, sendo que a taxa de empregos vagos é de 1,7% em microempresas, 2,1% em pequenas e médias empresas e 2,9% em grandes empresas.
O Banco de Portugal atribui esse crescimento dos empregos vagos à “incompatibilidade entre a procura e a oferta de emprego”, mesmo com uma taxa de desemprego baixa.
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