Comandante do Exército ameaça punir qualquer comemoração ao “golpe militar” de 64
O comandante do Exército, Tomás Paiva, reiterou, em diferentes ocasiões, a proibição de militares da ativa se manifestarem ou celebrarem o aniversário do chamado “golpe militar”, neste dia 31 de março. O chefe da Força destacou a determinação em uma reunião presencial com generais, no mês passado, e em um comunicado emitido pela rede interna do Exército assinado pelo próprio Tomás Paiva.
Integrantes da Força relataram à coluna Bela Megale, do O Globo, que o comandante deixou claro que serão punidos os militares da ativa que participarem de celebrações ou se manifestarem comemorando o golpe, nesta sexta-feira.Como informou a coluna, a partir deste ano o Exército não divulgará mais a mensagem referente ao aniversário do “golpe militar”, em 31 de março. A orientação está alinhada à estratégia traçada pelo ministro da Defesa, José Múcio.
Sobre a decisão, o general Tomás Paiva tem avaliado que o “normal” é não haver qualquer leitura da ordem do dia sobre a data, já que a última vez que a mensagem havia sido divulgada foi em 2007.
As mensagens foram retomadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro nos seu primeiro ano de governo, em 2019, e o texto passou a ser divulgado por sua determinação pelo Ministério da Defesa.
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