Com 10 meses de guerra, Rússia faz ataque em área urbana em cidade recuperada pela Ucrânia; país faz apelo internacional

Hora depois de um ataque russo na cidade de Kherson (sul) onde feriu meia centena e matou 8, a Ucrânia pediu novamente mais armas à comunidade internacional para permitir que as suas forças possam punir os “assassinos russos” e evitar tragédias como a que ocorreu, neste sábado, (24), que completa 10 meses de guerra.

Em tom de protesto Reznikov afirmou que o ataque é uma vingança, “O bombardeamento bárbaro de Kherson por terroristas russos não é apenas mais um crime de guerra, mas também uma vingança contra os seus residentes, que resistiram à ocupação e provaram a todo o mundo que Kherson é a Ucrânia”, afirmou.

Kherson foi uma das cidades recuperadas pelas forças ucranianas no âmbito de uma contraofensiva que lançaram nos últimos meses, depois de terem recebido armamento dos seus aliados ocidentais. A Ucrânia, em março, havia perdido o controle pelo exercito russo.

A cidade é a capital da região de Kherson, que a Rússia declarou como anexada no final de setembro, juntamente com Donetsk, Lugansk e Zaporíjia, onde se localiza a maior central nuclear da Europa.

A Rússia já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas regiões anexadas.

Recentemente, os Estados Unidos anunciaram o fornecimento de sistemas de mísseis Patriot à Ucrânia durante uma visita a Washington, na quarta-feira, do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O ministro da Defesa ucraniano pediu mais sistemas de defesa antiaérea, artilharia e munições de longo alcance.

Reznikov ressaltou que a convenção internacional sobre a guerra proíbe ataques contra zonas urbanas, algo com que “os ocupantes russos não se importam”, segundo disse.

Em dez meses, mais de 7,8 milhões de pessoas fugiram da guerra na Ucrânia para outros países europeus, havendo ainda 6,5 milhões de deslocados internos, segundo dados recentes das Nações Unidas.

Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares em todo esse curto tempo de guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.

As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

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