Unesco convida Lula, Barroso e Felipe Neto para debater regulamentação das redes sociais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso e o youtuber e autodemoninado “influenciador” digital Felipe Neto, foram convidados para participar de um fórum mundial da Unesco que vai debater propostas para regulamentar as redes sociais e combater a desinformação e fake news.
O fórum é organizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o evento irá acontecer em Paris entre os dias 21 e 23 de fevereiro.
Segundo a Unesco o presidente Lula não estará fisicamente presente ao evento por questões de agenda, mas que deve enviar mensagens de vídeo dando apoio à iniciativa.
O vídeo seria um dos pontos importantes da conferência e levaria a mais discussões sobre o tema.
Lula já se posicionou diversas vezes em favor de uma regulamentação internacional mais dura das redes sociais. Para ele o assunto deveria ter sido tratado diretamente pelo G-20, o grupo das maiores economias do mundo.
Por outro lado, o ministro Barroso confirmou à CNN que vai à capital da França para participar do evento. Segundo a programação da Unesco, o ministro vai falar sobre como as redes sociais são utilizadas para disseminar discursos que defendem golpes de estado.
Barroso também já defendeu várias vezes a necessidade da regulamentação das redes sociais.
No início deste mês, o ministro disse em um evento no Espírito Santo que “precisamos, em alguma medida, regulamentar a internet e as mídias sociais, para que elas sigam nos trilhos da civilidade e da ética”.
A Unesco também confirmou que Felipe Neto, um dos maiores influenciadores digitais do Brasil, com mais de 44 milhões de seguidores no YouTube, estará presente à conferência.
Neto já se envolveu em diversas polêmicas no ambiente digital e foi muito atacado através de fake news nas redes. Mas também propaga algumas.
Redes sociais
Essa será a primeira conferência global da Unesco sobre o tem das redes sociais, reunindo mais de 1.500 representantes de governos, empresas de mídia social, academia, reguladores e sociedade civil.